12 sept 2011

1968 - RODA VIVA - Pieza teatral

Escrita por Chico Buarque de Hollanda se estrenó en el teatro Princesa Isabel de Rio de Janeiro, el 15 de enero de 1968, bajo la dirección de José Celso Martinez Corrêa.



BUARQUE DE HOLLANDA, Chico. Roda-Viva. Prefacio de Vinícius de Moraes. 1ª edición. Editora Sabiá, 1968. 93 pág.


Chico escribió y grabó dos temas: Roda-Viva y Sem fantasía que tambien fueron registrados por los actores del segundo montaje de la pieza en San Pablo: Marília Pera y Rodrigo Santiago.





1967 - CHICO BUARQUE DE HOLLANDA
A. RODA VIVA (Chico Buarque)
B. ATÉ PENSEI (Chico Buarque)
RGE S 7” nº C.S-70.280


1968 - CHICO BUARQUE DE HOLLANDA e CRISTINA
A. BENVINDA (Chico Buarque)
B. SEM FANTASIA (Chico Buarque)
RGE S 7” nº C.S-70.339




 
1968 - MARILIA PÊRA / RODRIGO SANTIAGO
A. SEM FANTASIA
B. MONÓLOGO DA RODA VIVA
RCA S 7” nº LC 6460



RODA-VIVA
Chico Buarque
1967

3º lugar en el III Festival de la TV Record

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda moinho, roda pião
A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda moinho, roda pião
O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda moinho, roda pião



SEM FANTASIA
Chico Buarque
1967

Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu

Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus